sp1 - uma das moscas brancas nacionais




Mosca branca é um termo que nomeia um inseto conhecido como Piolho Farinhento, que também é usado para identificar um determinado espaço que fica sem sinal de rádio e que ainda pode representar algo raro ou inusitado de ser visto. Tais informações foram retiradas do blog MOSCA BRANCA, que encontrei ao pesquisar o termo no Google e aconselho a todos visitarem, pois é bem inusitado interessante.
Direcionando o termo para o foco deste blog, podemos então chamar assim um KG conversível original, Fuscas Última Série feitos para os diretores e um SP1. SP1? Isso mesmo galera, não errei na digitação, é SP1.

Tenho certeza que poucos sabiam que ele existiu, conhecendo apenas seu "irmão caçula", mas a verdade é que foram fabricadas 44 unidades dele em 1972 e mais 44 unidades no ano seguinte, enquanto que o SP2 vendeu aproximadamente 10.200 unidades. Nosso amigo Márcio Piacantelli também participou da equipe que trabalhou no projeto, que foi inspirado nas linhas do VW 412.

Parte da culpa do fracasso do "mais velho" deveu-se a sua comibnação peso/potência, pois apresentava em torno de 150kg a mais que o seu principal concorrente, o Puma, e com praticamente a mesma motorização 1.600. Devido a isto foi apelidado de Sem Potência.

A capacidade dos motores é a diferença inicial entre os dois irmãos, 1.584cm - 65cv para o primeiro e 1.1678cm - 75cv para o segundo. Entre algumas diferenças no acabamento, podemos notar que os bancos da 1ª versão eram de curvim, enquanto que na 2ª já eram de couro.

Segundo consta, somente 2 unidades (veja nota no fim da postagem)  permanecem perfeitamente conservados, 1 no acervo da VW e o 2º na garagem de um feliz proprietário de MG, pois a maioria deles padecia de problemas de corrosão.

Outro detalhe que poucas pessoas sabem é que seu nome nada tem de relação com a cidade de São Paulo, mas trata-se sim da sigla utilizada pela VW à epoca - Special Performance ou Sport Prototype.
Nosso amigo ainda mantém algumas características bem interessantes da indústria nacional. Foi o primeiro modelo a apresentar o acionamento dos limpadores na coluna de direção, sendo este limpador o único a ser fabricado com braço pantográfico. É o mais baixo veículo a ser fabricado aqui, com apenas 1.158mm de altura e até hoje ostenta a "melhor marca" no quesito de inclinação de pára-brisa.

Na página da Wikipedia consta ainda que houve uma tentativa de se gerar o "3º filho" - SP3.
"Uma tentativa de solucionar o principal problema do SP, a potência, foi o projeto SP3. Seria basicamente um SP2, porém com um motor 1.8L dianteiro refrigerado a água (AP), com taxa de compressão de 8,5:1, 100 cv SAE a 6000 RPM e dupla carburação, "emprestado" do Passat TS (a fábrica cogitou a mesma solução para o Brasília. Embora na fábrica o projeto não tenha passado de maquete, protótipos chegaram a ser construídos pela concessionária Volkswagen Dacon. Externamente, o carro tinha rodas pretas aro 13, tala 6, do Passat; as aletas de ventilação foram substituídas por discretas fendas próximas à janela traseira, e uma grade preta (também do Passat) tomava toda a extensão da seção sobre o pára-choque. O diferente do projeto original da fábrica, o motor permanecia na traseira, junto com o compressor do ar-condicionado. O radiador ficava na dianteira, junto da ventoinha, e a conexão com o motor se fazia pelo tubo central do chassis. Bancos Porsche (a Dacon representava esta marca antes da "proibição" das importações) compunham o interior, que recebia acabamento em preto. A transmissão, a suspensão e os freios (discos na frente e tambor atrás) eram os mesmos do SP2, porém recalibrados para a maior potência do carro. O protótipo chegava a 180 km/h de máxima. Infelizmente, apesar do entusiasmo inicial que o carro gerou, a firma decidiu que os custos necessários para se viabilizar a produção seriam altos demais, e o projeto foi abandonado. A concessionária chegou a oferecer o serviço de "conversão" dos SP2 normais para SP3, porém o preço proibitivo (cerca de 100.000,00 cruzeiros) esfriou as vendas. Atualmente o projeto sobrevive em réplicas construídas por entusiastas, seja utilizando SP2 genuínos modificados ou seja construíndo o automóvel inteiro em fibra de vidro."

E com a ajuda do amigo Maggiolino do F.F.B., encontrei o vídeo abaixo sobre o SP1, que reafirmar toda a história da matéria e ratifica todas as dúvidas sobre o assunto. VALEU MAGGIOLINO!!
Essas informações e outras mais vcs encontrarão na reportagem da Fusca & Cia que segue no corpo da postagem.
Abraços a todos.

* Após a publicação desta postagem, encontramos mais um exemplar deste modelo. Veja AQUI.

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